Nesse contexto, nos últimos anos vem se organizando e ganhando força uma série de movimentos que denunciam esse sequestro da identidade cristã e apresentam outras narrativas sobre os cristianismos, desde dentro dos cristianismos.
Direitos Humanos
OObservatório, por meio de sua prática de pesquisa transdisciplinar e engajamento social, aponta para a busca de uma espiritualidade transreligiosa que fomente.
A organização deste processo religioso está intimamente relacionada aos sujeitos e ao espaço cultural, por exemplo, para os orientais, já que não existe propriamente religião, pois esta é vida, vivência.
(…) Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher Moleque pelintra no buraco quente Meu nome…
Diferente do que se especula popularmente, pessoas sem religião não são, necessariamente, ateias.
A situação de pluralidade provoca debates e confrontos inter-religiosos, buscas de orações e engajamentos comuns, que acabam despertando místicas transreligiosas.
A nossa pressuposição nesta breve análise sobre diversidade religiosa é que no Brasil, apesar de a maioria da população se autodeclarar cristã, há a presença de um número grande de religiões e de expressões de espiritualidades, muito maior do que imaginamos.
Quanto mais consciência se tem das diversas nuances que compõem nossa identidade cultural e religiosa, mais se tem instrumentos de combate à intolerância e ao preconceito.
Entendemos que as tentativas de ridicularizar os esforços de sujeitos negros e LGBTQIAP+ por serem reconhecidos, numa realidade política que asfixia a sua presença, revelam o quanto sujeitos que se beneficiam desse jogo de aniquilação, na verdade, se escondem atrás de projetos de poder altamente genocidas.
Há influência religiosa e das igrejas na obstrução de Direitos. Todas essas exortações morais, atreladas às restritivas e inferiorizantes concepções, e às ações discriminatórias e violentas, servem ainda como entraves para a obstrução de Direitos Civis da população LGBTQIA+.