O axé enquanto resistência decolonial
-A tentativa de silenciar os tambores e os seus ecos demonstra o quanto os sentidos negros devem ser, em nome desse desejo centralizador, interrompidos para que se garanta uma ordem genocida.
Ogum e o redirecionamento ético
-O novo caminho que percorremos faz com que abandonemos o fracasso valorativo e a corrosão dos nossos elos. Estamos diante de uma ressignificação aguda das nossas compreensões a respeito do cuidado, do valor da vida, da importância e da urgência de se valorizar o conhecimento, a ciência, a informação.
Qual é o risco de o sagrado dançar?
-Os sagrados ancestrais, isto é, os Orixás, Nkisis e Voduns dançam, e sua manifestação é axé. Axé é felicidade! O xirê, como nos mostra Odé Kileuy e Vera de Oxeguiã, em seu livro Candomblé bem explicado: nações bantu, iorubá e fon, indica a “contração dos termos em iorubá sè, fazer, e irè, brincadeira, diversão”.
O racismo religioso como o excesso de noite
-Os nossos olhares, desde muito cedo, são forjados para enxergar as religiões de matrizes africanas de forma borrada. Esse processo é resultado do “excesso de noite” — nos termos de Achille Mbembe, em sua Crítica da razão negra
Reinado duplo de Xangô no Opo Afonjá em 2020
-O ritual para escolha da sucessora foi concluído com o jogo de búzios que revelou a vontade dos orixás para a sequência da casa e essa importante consulta ficou a cargo de pai Balbino, do terreiro Aganju.
A quem serve o silêncio dos tambores?
-Os tambores, a música e a melodia perpassam toda a economia do (s) Candomblé (s), visto que esses elementos reverberam um sagrado que se movimenta e que, sobretudo no salão, se manifesta (também) a partir da dança, da cadência e da troca contínua de Axé.
Isso é que é mulher! A representação das pombas-gira nos pontos de umbanda
-Exus e pombas-gira são figuras presentes não só nos culto-afro brasileiros, como também, no imaginário religioso nacional, aparecendo também nas igrejas neopentecostais, com outra interpretação.
Candomblé, práticas educativas e as relações de gênero: espaço social onde filhas e filhos de santo aprendem e ensinam por meio da oralidade
-Ao pesquisar as Relações de Gênero, apresenta-se: a coragem de Pais e Mães de Santo quanto à implantação dessa cultura numa região de brancos, católicos, e de outras religiões cristãs…
CHUTA QUE É MACUMBA? Entre os símbolos e o atos de violência
-Certamente você já deve ter escutado a expressão que dá nome ao nosso artigo. É possível dizer também que esse ato de fala foi acompanhado por risos.
Sobre a morte de Mãe Stella de Oxossi
-Uma de suas pautas mais importantes era a defesa do meio ambiente como manutenção de nossa crença. Ela enfatizava sempre a máxima yorubá : “kosi ewé kosi orisá( sem folhas, sem orixá)