“Lembra-te que és pó e ao pó voltarás.” Escrevemos este texto no dia em que, institucionalmente, se inicia o grande retiro quaresmal, que pretende preparar cristãos de diversas denominações para Páscoa.
Seções
Desde que a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira anunciou o samba enredo para o desfile do Carnaval de 2020 no Rio de Janeiro o povo da religião se alvoroçou.
Pensar o racismo é considerar a existência de uma estrutura que tece, de modo profundamente violento, as nossas relações. O apego à raça está embebido pelo desejo destrutivo contra os que são marcados como os outros.
Para certos leitores, falar em direitos, justiça social, democracia, defesa de pessoas fragilizadas, pensar um sistema com melhor distribuição de renda, criticar posturas racistas, homofóbicas, etc. seria sinônimo de marxismo ou estaria no espectro político da esquerda.
Por se tratar de minha primeira coluna por aqui, me vejo no direito e na obrigação de me apresentar e estabelecer o meu “lugar de fala”, como bem recomenda a filósofa Djamila Ribeiro.
No Carnaval de 2020, essa palavra de Jesus no evangelho (Jo 8, 33) vai ressoar em tom de samba-enredo de escola de samba e, a partir do Sambódromo, vai ganhar o mundo inteiro pela voz da Mangueira, a escola da Estação Primeira que mais uma vez une a defesa da vida à alegria e ao direito do povo brincar.
A série de textos publicados aqui na Senso buscou debater que grupos sociais produtores e promotores, da sua forma de pensar o poder, produzem a ignorância como um projeto sistêmico e intencional de prevalência de uma visão ideológica frente a outra.
Mais de 200 pessoas participaram da Ceia de Natal LGBTI+, organizada pelos Voluntários Arco-Íris, em parceria com o Grupo Dignidade, no dia 21 de dezembro, na Catedral Anglicana de São Tiago, em Curitiba.
É a verdadeira morte social a partir da ignorância política/deliberada de uma vida, histórias, culturas, ancestralidades e religiosidades, estes últimos dois pontos, os temas de que trataremos neste texto, também a partir de um exemplo. Seguimos!
Antes de começar a ler esse artigo, preciso que saiba: esse é um texto de comadres! Não tem como eu começar a escrever sem me emocionar com a ideia de que estarei presente neste histórico momento para o cristianismo inclusivo e afirmativo da América Latina.