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“Uma guerra entre bichas”: o clero católico e o movimento LGBTQIA+

“Uma guerra entre bichas”: o clero católico e o movimento LGBTQIA+

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Recentes notícias envolvendo comportamentos homoeróticos do clero católico voltam a nos fazer refletir sobre a atualidade de uma das questões presentes desde o início das lutas por libertação sexual: a crítica à hipocrisia da hierarquia da Igreja Católica Romana. Ao mesmo tempo em que é uma das instituições mais homofóbicas da história do Ocidente, que chegou a matar homossexuais na Inquisição e continua atualmente sustentando discursos que motivam crimes de ódio contra a população LGBTQIA+, está composta por um clero em que boa parte de seus membros dá asas a seus desejos homoeróticos, criando um espaço privado fortemente homossexual. Por isso, como disse o ativista gay italiano Gianni Delle Floguie, em uma frase que ficou célebre entre os movimentos LGBTQIA+ da Itália: “a batalha entre os gays e o Vaticano é uma guerra entre bichas”1MARTEL, Frédéric. No armário do Vaticano: poder, hipocrisia e homossexualidade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019. p. 28..

De um lado, em seu discurso oficial para a sociedade, em 23 de junho de 2021, o Vaticano confirmou sua oposição ao projeto de lei de criminalização da homofobia na Itália, alegando que tal projeto fere a liberdade de expressão dos católicos e a liberdade da Igreja Católica no âmbito da organização e do exercício do seu culto, bem como porque contraria o acordo bilateral em vigor entre a Igreja e o governo da Itália2G1. Vaticano se opõe a projeto de lei contra homofobia na Itália; premiê Draghi diz que Estado é laico. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/23/vati cano-se-opoe-a-projeto-de-lei -contra-homofobia-na-italia.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021.. Posição política recorrente dos empreendedores morais da hierarquia católica que também se reproduz no Brasil, com o engajamento ativo da CNBB e de movimentos católicos conservadores e carismáticos no combate à ‘ideologia de gênero’, que associa-se a diversas discussões que giram em torno da saúde reprodutiva das mulheres, da educação sexual ou do reconhecimento de identidades não normativas, entre outras questões; tendo a defesa do conceito tradicional de família como eixo central de luta.3MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Revista Sociedade e Estado, v. 32, n. 3, p. 725-747, 2017. Disponível em: h ttps://www.scielo.br/j/se/a/Ns5kmRtMcSXDY78j9L8fMFL/?format=pdf&lang=pt. Acesso: 30 ago. 2021

Mas, para o lado de dentro desta instituição, na vida privada do clero, diversas denúncias e testemunhos demonstram que as regras são outras. Dois bispos da Igreja no Brasil foram acusados somente neste ano: Dom Alberto Taveira, assessor eclesiástico da Renovação Carismática Católica, um dos movimentos mais homofóbicos do catolicismo contemporâneo, foi denunciado por abuso sexual por quatro ex-seminaristas no Fantástico, em 03 de janeiro de 2021. A reação da Igreja neste caso reflete que a sua política institucional em relação a suas vítimas continua a mesma: difamaram publicamente os denunciantes dizendo que eles estavam motivados por recalque e vingança por não terem sido ordenados padres, e o bispo defendeu-se afirmando que as acusações são obra do demônio contra a Igreja.4FANTÁSTICO. ‘Ele me tocou’, diz ex-seminarista que acusa arcebispo de Belém de abuso sexual. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/01/03/ele-me -tocou-diz-ex-seminarist a-que-acusa-arcebispo-de-belem-de-abuso-sexual.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021. E Dom Tomé Ferreira, da Diocese de São José do Rio Preto (SP), que renunciou a seu cargo em 18 de agosto de 2021 por ter um vídeo íntimo vazado nas redes sociais, sendo que o mesmo já havia sido denunciado em 2018 por trocar mensagens de cunho sexual com um jovem na época e por acobertar padres pedófilos de sua diocese. A ação da instituição neste caso: Dom Tomé foi apenas nomeado bispo emérito e Dom Moacir Silva, que assumiu provisoriamente a diocese, pediu orações aos fiéis pela vida do bispo denunciado.5G1. Após ser nomeado, arcebispo pede oração por bispo que renunciou cargo e teve vídeo íntimo vazado: ‘Peço por Dom Tomé e por mim’. 2021. Acesso: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2021/08/19/apos-ser-nomeado-arcebispo-pede-oracao-por-religioso-que-renunciou-car go-e-teve-video-intimo-vazado-peco-por-dom-tome-e-por-mim.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021.

Outra investigação, do The Intercept Brasil, divulgada em 01 de setembro de 2021, trouxe a público assédios, abusos sexuais e perseguições a jovens religiosos que se escondem no famoso Mosteiro de São Bento, São Paulo. A reportagem aponta para a cultura homoerótica dos seminários e casas religiosas, mas que só é conhecida por meio de escândalos sexuais, que já ocorreram em diversos países.6MARTEL, 2019, p. 366-381. Neste caso, dois ex-religiosos, após terem deixado a instituição, denunciaram à polícia, em maio de 2019, quatro pessoas do mosteiro pelos abusos sofridos. Outras três pessoas que também teriam sofrido abusos no mosteiro quando eram menores de idade foram localizadas pela equipe, mas preferiram não se manifestar. Também foram contatados três monges sob a condição de anonimato, que disseram que o então abade Mathias Tolentino Braga, conhecido como Dom Mathias, teria sido informado sobre os abusos, mas preferiu acobertá-los.7CAVASSA, Caroline; CESAR, Janaina. Assédios sacros: jovens do Mosteiro de São Bento acusam religiosos de abuso sexual. The Intercept Brasil. 2021. Disponível em: https://theintercept.com/2021/09/0 1/jovens-abuso-sexual-mosteiro-sao-bento/. Acesso: 02 set. 2021.

Também recentemente assistimos às novas polêmicas envolvendo a preocupação dos bispos de que se descubra que seus padres e seminaristas são uma parcela dos sigilosos do Grindr em busca de sexo gay. O jornal argentino Página 12, no dia 25 de agosto de 2021, apresentou uma investigação que revela que o aplicativo de relacionamento destinado à comunidade gay, trans e queer é usado com frequência por membros do clero dos EUA e do Vaticano.8PÁGINA12. Tensión en la Iglesia Católica por informes sobre el uso de Grindr entre sacerdotes. Disponível em: https://w ww. pagina12.com.ar/363931-tension-en-la-iglesia-catolica-por-informes-sobre-el-uso-de-. Acesso: 27 ago. 2021. O que reforça o trabalho de Frédéric Mártel9MARTEL, 2019, p. 380., que identificou em sua pesquisa que o Vaticano é a única cidade com quase 100% de celibatários supostamente heterossexuais, como exige o magistério católico, em que o Grindr funciona todas as noites. E que os clérigos do Vaticano estão entre os principais clientes que sustentam a prostituição gay em Roma.10MARTEL, 2019, p. 122-146.

Estes fatos atuais, à luz da sociologia da homossexualidade do clero desenvolvida por Mártel, não podem ser entendidos apenas como casos isolados, mas demonstram que o clero se constitui como um ‘sistema homossexual’, com estimativas sobre a porcentagem de padres homossexuais que variam entre 50% e 80%, e quanto mais alto o cargo na hierarquia maior a porcentagem. Assim, a homossexualidade desempenha no clero um papel central que muitos supõem e que nunca foi contado abertamente, tratando-se de seu segredo mais bem guardado, mas que começa pouco a pouco a ser conhecido. Por isso, o autor defende que a homossexualidade é uma das principais chaves de compreensão do catolicismo romano.11MARTEL, 2019.

Tal hipocrisia da existência de padres homossexuais é interpretada pelo filósofo queer Paco Vidarte em sua Ética Bixa (2019) como a prova de que a homossexualidade não é considerada uma besta a ser combatida e que o poder acredita que é mais inteligente admiti-la em suas fileiras para fortalecer sua opressão de classe. Vidarte comenta sobre estes padres dizendo que:

as bixas que passam por esse crivo eclesial não são mais do que sodomitas aferradas a seus privilégios de classe, bixas que escolheram ser padres em vez de libertar as bixas em seu conjunto, escolheram ser padres para foder sem problemas e não precisar pertencer ao povo ou simpatizar com ele.12VIDARTE, Paco. Ética bixa: proclamações libertárias para uma militância LGBTQ. São Paulo: N-1, 2019. p. 174.

Realidade esta representada na charge ao lado publicada no primeiro jornal produzido por e para homossexuais no Brasil, o Jornal Lampião da Esquina, em agosto de 1980,13LAMPIÃO DA ESQUINA. Brasília: carta aberta ao Sr. Karol Woitjila. Rio de Janeiro, a. 3, n. 27, p. 3, 1980. Disponível em: https://www.grupodignidade.org.br/wp-content/uploads/2019/04/31-LAMPIAO-D A-ESQUINA-EDICAO-27-AGOSTO-1980.pdf. Acesso: 27 ago. 2021. para ilustrar um texto crítico à João Paulo II, o Papa homofóbico que governou a Igreja cercado de suas ‘amizades íntimas’ com homossexuais e durante seu papado acobertou crimes sexuais e financeiros no Vaticano.14Ver a terceira parte da obra No Armário do Vaticano… (2019, p. 183-381), sobre o papado de João Paulo II.

Assim, esta oposição entre a moral sexual oficial da Igreja Católica, destinada à esfera pública, com suas nefastas consequências sociais, e a vida secreta do clero homossexual, não seria uma contradição, mas uma estratégia de poder desta instituição fundada sobre os valores patriarcais, que admite homossexuais no poder, tolerando até mesmo suas práticas sexuais, desde que não assumam uma identidade gay enquanto sujeitos políticos que lutam por seus direitos. Como explica a teóloga Uta Ranke-Heinemann (2019), com a instituição do celibato obrigatório para os padres e a total exclusão das mulheres dos espaços de poder da Igreja, o sacerdócio católico tornou-se um espaço ideal para os homossexuais, pois eles podem exercer um espaço de poder sem serem discriminados por suas famílias e pela sociedade, longe da obrigação cristã do casamento monogâmico heterossexual.15RANKE-HEINEMANN, Uta. Eunucos pelo Reino de Deus: a Igreja Católica e a sexualidade – de Jesus a Bento XVI. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019. p. 398.

E agora esta é uma das grandes crises institucionais, se não a principal, que Francisco está tendo que administrar desde o início de seu pontificado: fazer com que seu clero homossexual não dê tanta pinta. Crise que foi um dos principais motivos da renúncia de seu antecessor, Bento XVI, que além de ser uma das principais cabeças por trás da ‘ideologia de gênero’, é também acusado de acobertar crimes sexuais do clero e conhecido no Vaticano por suas ‘amizades particulares’ com seus jovens assistentes, além de ser reconhecido por suas irmãs do clero como a ‘rainha da liturgia’, por seus looks clericais extravagantes, ditando moda entre a nova geração de padres conservadores formados sob o seu papado.16Ver a quarta parte da obra No Armário do Vaticano… (2019, p. 385-477), sobre o papado de Bento XVI. Por isso, no ano de 2018, encontrando-se com os membros da Conferência Episcopal Italiana no Vaticano, o Papa Francisco  declarou que depois de lidar com o clero pedófilo também deviam lidar com o clero homossexual e pediu que os bispos italianos evitem que gays entrem no seminário e afastem os estudantes sobre cuja identidade sexual se têm até mesmo a menor dúvida,17MARZANO, Marco. Vaticano não aceita gays, nem mesmo entre os seminaristas. 2018. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579376-vaticano-nao-aceita-gays-nem-mesmo-entre-os-semi naristas-artigo-de-marco-marzano>. Acesso: 30 ago. 2021. afirmando que: “se há dúvidas sobre homossexualidade, é melhor não entrar no seminário”.18FRANCISCO. Papa Francisco: “se há dúvida sobre homossexualidade, é melhor não entrar no seminário”. 2018. Disponível em: <https://www.semprefamilia.com.br/papa-francisco-se-ha-duvida-sobr e-homossexualidade -e-melhor-nao-entrar-no-seminario/>. Acesso: 30 ago. 2021.

No entanto, como analisa o sociólogo Marco Marzano,19MARZANO, Marco. Vaticano não aceita gays, nem mesmo entre os seminaristas. 2018. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579376-vaticano-nao-aceita-gays-nem-mesmo-entre-os-se m inaristas-artigo-de-marco-marzano>. Acesso: 30 ago. 2021. Francisco sabe que os seminários estão cheios de homossexuais, assim como, consequentemente, as casas paroquiais, os mosteiros e as outras estruturas católicas. E aponta que se ele realmente quisesse banir a homossexualidade entre os funcionários da organização, deveria começar afastando da Igreja os bispos, padres e seminaristas ‘até mesmo suspeitos’ de serem homossexuais, na linguagem de Francisco. Mas, diante da realidade do clero, ele sabe que não pode fazer isso, pois os custos de perder esta grande parcela de funcionários seriam muito altos para a instituição.

Dessa forma, o que Francisco faz é apenas intensificar os mecanismos que sustentam o segredo sobre o seu clero homossexual, o que pode nos ajudar a compreender melhor as já conhecidas posições contraditórias dele em relação à população LGBTQIA+, que faz com que muitos defendam que ele está amenizando esta ‘guerra entre bichas’, mas parecem muito mais cumprir a função de evitar o apagão de mão de obra qualificada que deixaria os armários da Igreja Católica vazios.

 VEJA TAMBÉM
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Notas

  • 1
    MARTEL, Frédéric. No armário do Vaticano: poder, hipocrisia e homossexualidade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019. p. 28.
  • 2
    G1. Vaticano se opõe a projeto de lei contra homofobia na Itália; premiê Draghi diz que Estado é laico. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/23/vati cano-se-opoe-a-projeto-de-lei -contra-homofobia-na-italia.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021.
  • 3
    MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Revista Sociedade e Estado, v. 32, n. 3, p. 725-747, 2017. Disponível em: h ttps://www.scielo.br/j/se/a/Ns5kmRtMcSXDY78j9L8fMFL/?format=pdf&lang=pt. Acesso: 30 ago. 2021
  • 4
    FANTÁSTICO. ‘Ele me tocou’, diz ex-seminarista que acusa arcebispo de Belém de abuso sexual. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/01/03/ele-me -tocou-diz-ex-seminarist a-que-acusa-arcebispo-de-belem-de-abuso-sexual.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021.
  • 5
    G1. Após ser nomeado, arcebispo pede oração por bispo que renunciou cargo e teve vídeo íntimo vazado: ‘Peço por Dom Tomé e por mim’. 2021. Acesso: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2021/08/19/apos-ser-nomeado-arcebispo-pede-oracao-por-religioso-que-renunciou-car go-e-teve-video-intimo-vazado-peco-por-dom-tome-e-por-mim.ghtml. Acesso: 27 ago. 2021.
  • 6
    MARTEL, 2019, p. 366-381.
  • 7
    CAVASSA, Caroline; CESAR, Janaina. Assédios sacros: jovens do Mosteiro de São Bento acusam religiosos de abuso sexual. The Intercept Brasil. 2021. Disponível em: https://theintercept.com/2021/09/0 1/jovens-abuso-sexual-mosteiro-sao-bento/. Acesso: 02 set. 2021.
  • 8
    PÁGINA12. Tensión en la Iglesia Católica por informes sobre el uso de Grindr entre sacerdotes. Disponível em: https://w ww. pagina12.com.ar/363931-tension-en-la-iglesia-catolica-por-informes-sobre-el-uso-de-. Acesso: 27 ago. 2021.
  • 9
    MARTEL, 2019, p. 380.
  • 10
    MARTEL, 2019, p. 122-146.
  • 11
    MARTEL, 2019.
  • 12
    VIDARTE, Paco. Ética bixa: proclamações libertárias para uma militância LGBTQ. São Paulo: N-1, 2019. p. 174.
  • 13
    LAMPIÃO DA ESQUINA. Brasília: carta aberta ao Sr. Karol Woitjila. Rio de Janeiro, a. 3, n. 27, p. 3, 1980. Disponível em: https://www.grupodignidade.org.br/wp-content/uploads/2019/04/31-LAMPIAO-D A-ESQUINA-EDICAO-27-AGOSTO-1980.pdf. Acesso: 27 ago. 2021.
  • 14
    Ver a terceira parte da obra No Armário do Vaticano… (2019, p. 183-381), sobre o papado de João Paulo II.
  • 15
    RANKE-HEINEMANN, Uta. Eunucos pelo Reino de Deus: a Igreja Católica e a sexualidade – de Jesus a Bento XVI. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019. p. 398.
  • 16
    Ver a quarta parte da obra No Armário do Vaticano… (2019, p. 385-477), sobre o papado de Bento XVI.
  • 17
    MARZANO, Marco. Vaticano não aceita gays, nem mesmo entre os seminaristas. 2018. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579376-vaticano-nao-aceita-gays-nem-mesmo-entre-os-semi naristas-artigo-de-marco-marzano>. Acesso: 30 ago. 2021.
  • 18
    FRANCISCO. Papa Francisco: “se há dúvida sobre homossexualidade, é melhor não entrar no seminário”. 2018. Disponível em: <https://www.semprefamilia.com.br/papa-francisco-se-ha-duvida-sobr e-homossexualidade -e-melhor-nao-entrar-no-seminario/>. Acesso: 30 ago. 2021.
  • 19
    MARZANO, Marco. Vaticano não aceita gays, nem mesmo entre os seminaristas. 2018. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579376-vaticano-nao-aceita-gays-nem-mesmo-entre-os-se m inaristas-artigo-de-marco-marzano>. Acesso: 30 ago. 2021.