A morte é uma realidade que assusta, ou dá esperanças; que oprime ou faz prosseguir; que se apresenta como a grande interrogação diante da qual imagina-se, inventa-se ou se crê em uma possível resposta.
Religião
A vida após morte ocupa ainda hoje um espaço de destaque em diversas tradições religiosas, que interpretam esse acontecimento não somente como um rito de passagem…
A educação e as escolas têm ficado de fora de reflexões maiores acerca da morte e de suas consequências, especialmente da morte escancarada.
O direito de sepultar é algo cotidiano, porém, como a morte ainda é um tabu em nossa sociedade, poucos juristas se propõem a estudar tal temática por ela ser ainda vista como depressora ou macabra.
Antes de iniciar propriamente o texto, gostaria de demarcar o lugar desde onde escrevo, como teólogo cristão, de formação católica, comprometido com as lutas dos povos afro-ameríndios. Esta demarcação é muito importante na contemporaneidade, sobretudo para situar o ponto desde onde vemos o mundo, para se evitar eventuais enganos.
A injustiça social que vemos está chegando hoje a um extremo que preocupa, especialmente pela indiferença generalizada, não apenas por aqueles que são socialmente reconhecidos como atores do mal, mas para pessoas e organizações internacionais que deveriam atuar a favor do bem e da justiça, mais também a grande maioria da população.
Como é possível, em um tempo no qual se alimentam ódios e intolerâncias, se consomem discursos que obliteram a tensão, normatizam a homogeneidade e enfraquecem a diferença, pensar em narrativas de afeto, de subversão e de transformação de nós mesmos e da realidade que nos circunda?
O pajé atuava como ator principal nos casos de atendimento médico e espiritual da região.
O marabaixo tem suas raízes no povo escravo negreiro e sua iniciação no período colonial.
Sabemos hoje que há muito o campo religioso brasileiro encontra-se em ebulição e que a temperatura dessa transformação vem subindo nas últimas décadas.