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O Brasil Evangélico: uma entrevista com o antropólogo Juliano Spyer

O Brasil Evangélico: uma entrevista com o antropólogo Juliano Spyer

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A “aquarela” do quadro brasileiro contemporâneo – em menção ao samba de Ary Barroso em 1939 – é cada vez mais matizado com as cores do fenômeno evangélico no país. De acordo com uma pesquisa de 2020 pelo Instituto DataFolha, os evangélicos representam cerca de 65 milhões de brasileiros, o equivalente a 31% da população. O investigador do IBGE e demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, projeta que dentro de uma década, os evangélicos se consolidarão como uma maioria religiosa, ultrapassando o Catolicismo Romano. Neste sentido, seguindo a ideia dos “brasis” trabalhada pelo antropólogo Darcy Ribeiro, podemos afirmar a existência de um Brasil evangélico. Dele, emergem novas dinâmicas religiosas, sociais, culturais e políticas que afetam de maneira direta a conjuntura geral da nação.

Para falar sobre este tema aos leitores da Revista Senso, entrevistamos virtualmente o antropólogo brasileiro Juliano Spyer, autor do livro Povo de Deus: quem são os evangélicos e por que eles importam (Geração Editorial, 2020). Juliano é mestre e doutor pela University College London (UCL), pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fundador do Observatório Evangélico. De acordo com Juliano, “2020 será a década dos evangélicos, e quem não entender o cristianismo evangélico não terá condições de pensar o Brasil atual” (p.22).

Juliano Spyer entende seu trabalho como o esforço de traduzir e tornar acessível ao público não-especialista o resultado de diversas pesquisas feitas sobre os evangélicos. Apesar de não se considerar um especialista no tema da religião, seus estudos surgiram a partir da sua experiência etnográfica com evangélicos numa região da cidade de Salvador/BA durante o tempo em que viveu lá. A seguir, compartilhamos as percepções do antropólogo sobre questões que envolvem os evangélicos na sociedade brasileira e suas relações com a política no país.

Confia a entrevista.

Revista Senso – Quais os impactos que o crescimento do movimento evangélico nas últimas décadas trouxe sobre a população brasileira, especialmente sobre aqueles setores mais pobres e marginalizados?

Juliano Spyer – Vou falar a partir da minha experiência como pesquisador de campo. O primeiro tema que me impressionou foi o tema da violência doméstica. Esse tipo de violência acontece rotineiramente no bairro onde vivi e pesquisei, principalmente nas sextas e nos sábados, quando o homem volta do trabalho com o salário e para nos bares. Eu e minha esposa acompanhávamos, ouvindo o ruído de casas vizinhas, espetáculos trágicos de espancamento que duraram horas. E o fato de a pessoa, para se converter, precisar parar de beber (e também de fumar e usar outras drogas), representava um grande alento diante dessa situação de muita frustração, angústia, decepção, pobreza e vulnerabilidade.

O que não quer dizer, e digo isto também no livro, citando pesquisas, que não exista violência doméstica em lares evangélicos, ou, que essa violência não exista de outras formas, por exemplo, pela pressão para que a mulher aguente em silêncio um relacionamento abusivo e permaneça nele. Num certo sentido, a partir da minha experiência no contexto em que vivi, sem condições de generalização, percebi que muitas dessas evangélicas tinham      estímulos para buscar a educação, trabalho com carteira assinada, um ambiente de mais confiança dentro do relacionamento

Fora das igrejas eu via uma realidade bastante restrita, ou seja, a mulher é a pessoa que vai cuidar dos filhos em casa. O espaço que ela ocupa é o espaço da casa e o espaço na vizinhança, onde ela está sempre vigiada pela comunidade, pelos vizinhos. E o homem é o sujeito que vai buscar recursos e o espaço que ele ocupa é todo o resto. E nessa condição, esse homem pode e muitas vezes tem outros relacionamentos paralelos, às vezes tem mais de uma casa, mais de uma família.

Isso se modifica bastante quando da conversão do homem, eventualmente, que o leva para um outro espaço; em vez de estar nos espaços do “mundo”, ele vai para o espaço da igreja. De certa forma, esse fato restringe o campo de ação dele de forma voluntária, pois ninguém está forçando que ele esteja ali; o que significa não só que a mulher se sente e se coloca numa posição de mais poder, porque ela não está tão distante, ocupando os mesmos espaços que o homem, mas, além disso, dentro das igrejas existem oportunidades de crescimento, em termos de atividades e experiências, a possibilidade de dar aula na Escola Dominical, de participar de grupos de mulheres, de dar testemunhos durante os cultos, enfim, uma série de canais que não estavam disponíveis para as mulheres que viviam de uma separação mais radical de papeis sociais, em que homem e mulher ocupam totalmente diferentes. Na igreja, e a literatura sobre esse tema indica, as diferenças se reduzem.

Na sequência, e algo que me senti particularmente surpreso por ser um tema caro para mim como professor, é o quanto a igreja cumpre o papel de escola. É importante lembrar que estamos falando de um bairro pobre, um lugar onde “estudar” é difícil. Não é algo valorizado por muitos pais e mães. E o serviço das escolas também é, em geral, muito inferior ao oferecido pelo ensino privado. Faltam recursos e estímulos. E porque, como boa parte das pessoas não estudam, ninguém sente falta de estudar. Os trabalhos que estas pessoas realizam não são trabalhos que demandam esse tipo de habilidade, a leitura ou a escrita. Então, mesmo quem tem o ensino básico é um analfabeto funcional, com capacidade limitada de interpretar de textos.

E a igreja cumpre essa função involuntariamente – pois  ela não se apresenta para a sociedade como um lugar com essa missão. Mas o indivíduo que entra na igreja buscando algum tipo de apoio ou um espaço para exercer e praticar essa espiritualidade, tendo essa limitação em termos de escolaridade, se vê numa situação muito pouco comum. Naquele espaço as pessoas são suas vizinhas, mas elas sabem ler. Logo, essa pessoa se sente constrangida, não porque o “outro” (patrão/chefe) sabe ler, mas porque aqueles iguais a ela sabem ler. Recentemente ouvi o antropólogo Darcy Ribeiro dizendo que “a igreja evangélica protestante transformou a igreja em escola”.

Diferentemente do pobre que não é evangélico, o pobre evangélico está em constante contato com um objeto que é a Bíblia e ele interage com ela, lendo. E quando eles têm mais dificuldade para ler, muitas vezes – é o caso da Assembleia de Deus onde frequentei – a igreja oferece um curso noturno de alfabetização para adultos.

No bairro em que morei e pesquisei existiam três bibliotecas públicas, em cada uma das escolas, porém, as três estavam fechadas, e ninguém sentia falta delas, dado o desinteresse geral pela leitura. Todavia, existia uma livraria dentro do bairro. Em um bairro com três bibliotecas fechadas, havia demanda comercial para se vender livros. Essa livraria vendia principalmente Bíblias – uma variedade de bíblias, de tamanhos, formas, letra grande, pequena, capa com bolinha, bíblia para ilustrar, bíblia com muitas notas explicativas. Nunca imaginei que existissem tantos tipos de bíblias. Mas, além destas Bíblias, existia em torno de 100 livros que não eram bíblias, mas livros de autoajuda ou sobre temas cristãos. Num país em que, segundo o INAF, o número de pessoas capacitadas para ler livros é de 12%, ou seja, quase 1 em cada 10 pessoas, o fato de um bairro periférico, desconhecido e distante, que não tem nenhum hospital, que não possui nenhuma agência dos Correios, que não tem agência Bancária, ter uma livraria, é espetacular.

O terceiro item que achei interessante da minha vivência, importante e mesmo emocionante, é o fato da descoberta, depois de alguns meses vivendo entre membros de famílias das Assembleias de Deus, que várias das pessoas com quem eu convivia, inclusive algumas que eu admirava muito, tinham sido ex-presidiários, e nada no comportamento delas “entregava” que elas tinham tido esta experiência. Primeiro a experiencia cruel de ter recorrido a este caminho de vida; segundo, ter vivido dentro de uma prisão, o que, em muitas situações, radicaliza ou amplifica a experiência de frustração e também o conhecimento sobre o crime. Fiquei muito impressionado como nestes casos, por causa da conversão, esses homens tinham se tornado bons pais, bons companheiros, “batalhadores”. Não estudei esse assunto; mas entendo que a igreja oferece para a sociedade um serviço valioso, que um amigo evangélico chamou de “reciclagem de almas”. Ele dizia que os evangélicos cuidavam de quem a sociedade abria mão. De pessoas pobres e também das ricas que, tendo se envolvido com drogas, se tornado dependentes, acabavam na rua, abandonadas pelas famílias.

Embora a saída adequada fosse um centro de tratamento mais eficiente nas prisões, na falta dele, entre o excelente e o bom, não existindo o primeiro, o bom se torna o excelente. E, para muitas dessas pessoas, só havia o “regular”. Para elas, não havia um intermediário para o retorno delas ao mundo do trabalho e da família. E a igreja faz isso. Mesmo eu não sendo religioso, fico muito comovido com esse tipo de ação social que tenho clareza, é plenamente compatível com o que pensam as pessoas que querem um país menos desigual, mais justo, mas seguro.

Revista Senso – Quais são as mudanças que o ethos evangélico tem exercido sobre a sociedade e a cultura brasileira com o aumento numérico destes grupos no país?

Juliano Spyer – Não é um assunto que eu domine – o Brasil tem muitos especialistas nesse assunto, no campo das ciências sociais. Fazendo uma tentativa amadora de responder, entendo que o desdobramento disso para a sociedade, além destes vários aspectos interessantes como a abertura de oportunidade para mulheres, melhoras nos relacionamentos familiares, aumento da segurança entre estas pessoas, estímulo à alfabetização, dinheiro investido dentro da casa e da família, junto com isso, há desdobramentos preocupantes.

Há o aspecto da disputa e da concorrência entre membros de uma igreja. A igreja constitui uma rede de relações que serve para ajudar quem passa por dificuldades e, ao mesmo tempo, um espaço competitivo, onde os participantes, muitas vezes, se sentem obrigados a mostrar suas conquistas profissionais e financeiras. Algumas pessoas que eu conheci e que estavam afastadas de suas      igrejas, justificavam esse afastamento mencionando a existência de uma cobrança para que elas tivessem determinado desempenho, sucesso financeiro, crescimento profissional etc. E você “vê” na relação do evangélico com outros evangélicos, também, tensões – sobre qual igreja é a melhor. Um falando mal da igreja do outro. Falam mal de católicos, e demonizando quem é ligado a religiões de matriz africana – o que é absurdo considerando a importância da ideia da liberdade religiosa para o protestante.

E, em última instância, vemos o posicionamento      do cristão que, por um lado se percebe como perseguido, e por outro, ele mesmo é o ator de uma perseguição. É alguém que entende, para o bem ou para o mal, que a sua função como cristão também envolve uma atuação      missionária dentro dos seus espaços. Algumas pessoas tratam isso de uma maneira mais generosa, outras      tratam de uma maneira muito ruim, em termos de ataque e desrespeito a qualquer religião      inclusive a católica. Não são ofensas, mas menções que afirmam que quem vai a igreja católica não é cristão como deveria ser, como se fosse menos cristão, por conta das diferenças em termos de práticas.

Entendo esta característica como nociva e, em certo sentido, até surpreendente, porque      o meio protestante esteve, nos últimos séculos, dedicado à defesa da liberdade religiosa. E que hoje, há, nesse grupo imenso e diverso, setores que se posicionam, com uma postura imperialista diante das outras religiões. Isso vale  especialmente para as religiões de matriz afro, que são realmente destratadas, vistas como o inimigo, rivais, como uma religião do “demônio”. Como protestantes, tão perseguidos, hoje estão perseguindo representantes de outras religiões? Isso é incoerente. Vai contra o que durante séculos o protestantismo defendeu, que é a liberdade individual para escolher uma religião. Você pode ter uma religião diferente, mas atacar alguém por causa das crenças dela – mesmo que seja não se posicionando em relação a esse tema, considerando que isso não é da sua responsabilidade – é incoerente com a defesa da liberdade religiosa.

Além disso, há o tema do envolvimento do cristianismo protestante com a política. O problema não é ser religioso, mas instrumentalizar a fé para eleger candidatos que, estando no poder, defenderão a igreja e não os interesses dos cidadãos. Esse representante atua segundo os interesses dos líderes daquela igreja. Na hora de esse político se posicionar, ele escolherá o lado do dono ou representantes da igreja.

Outro problema acontece quando usam o Estado para evangelizar o país.

Acho prejudicial para o país que a igreja sirva de palanque para a promoção de preconceitos, em relação, principalmente, aos temas de gênero e sexualidade. Nestes casos, vejo testemunhos muito bonitos de pessoas que afirmam: “podemos ser cristãos e estar na política” ou “seremos cristãos na política”. Mas, nesses casos, estes não estão instrumentalizando a igreja para estar na política. Da mesma forma, eu posso ser cristão, ter minhas convicções íntimas, mas eu não vou atacar, envergonhar e desmerecer uma pessoa porque ela tem visões de mundo diferentes das minhas.

Da mesma forma como você quer ser respeitado com relação aos seus pontos de vista, você precisa deixar muito claro o quanto você também respeita as opções destas outras pessoas – o que muitas vezes não acontece, principalmente com relação à comunidade LGBTGIA+. Dependendo do espaço no mundo evangélico em que você ocupa, também são demonizados de um jeito criminoso.

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Algo que não deveria acontecer por que Jesus, até onde entendo, foi– dentro de nossa formação cultural – alguém generoso, empático e inclusivo. Pessoalmente, como alguém que não é evangélico, me interesso por Jesus não porque andou sobre as águas, não pelos milagres. O milagre de Jesus foi ter impedido o apedrejamento de Madalena; aquele que fala sobre o amor ao outro na parábola do bom samaritano. Se chamamos essa tradição religiosa de cristã, é por causa de Jesus Cristo.  Então, se é cristianismo, e se Cristo tem essa relevância, e se Ele deu estes testemunhos, então Jesus deveria ser levado em consideração acima das outras pessoas. Jesus era aquele que estava lá para defender quem é vulnerável. Sua causa sempre foi defender aquele que não tinha defensor. O tempo todo. E se deixou prender e sacrificar, por esse motivo.

Na minha modesta percepção, como uma pessoa que não faz parte destas igrejas, mas uma pessoa que é confessa admiradora de Jesus – não pelos motivos sobrenaturais, mas pela prática e exemplo – entendo que existe uma distância entre o falar e o fazer – entre o se dizer cristão e agir de uma forma não-cristã.

Revista Senso – Quais as razões e efeitos, a médio prazo, do envolvimento de algumas das principais denominações e lideranças evangélicas com a política partidária hoje?

Juliano Spyer – Parte da minha fala é resultado de especulações que estabeleço com interlocutores evangélicos e cientistas sociais, não sendo meu campo de pesquisas primordial. Por que as igrejas se sentem tão próximas do presidente? Eu gostaria de dar uma resposta que fosse simples. Eu gostaria que fosse como separar o trigo e o joio.

Me recordo do trabalho da cientista política americana Amy Erika Smith. Ela escreve sobre o quanto a sociedade brasileira mais conservadora está sub-representada no âmbito da política, o que é “normal” na medida em que o acesso à política é condicionado e limitado ao acesso à educação que muitas pessoas no Brasil não têm. O governo tem muito mais a “cara” da classe média / alta brasileira do que das camadas populares e trabalhadoras. Existe nesta realidade espaços para ajustes no sentido de o Estado incorporar valores, percepções de mundo, entendimentos que não são da classe média ilustradas e cosmopolita, que aliás, tem um conhecimento muito limitado e pouco generoso com relação ao pobre. Para estes, o pobre é sempre “barulhento demais”, ou “religioso demais”, ou “sexualizado demais”, ou “violento demais” – o pobre é sempre alguém “quebrado” ou “anômalo”. Somente quando ele está longe é que ele é “legal”.

Tenho a impressão de que a justificativa para que as igrejas tenham se aproximado e aliado de uma forma muito definitiva com este governo é o fato deste governo ter reconhecido a existência dessa demanda reprimida por representatividade entre evangélicos. Cerca de 60 milhões de pessoas, ou seja, 1 em cada 3 brasileiros é evangélico, e em 10 anos o número de evangélicos ultrapassará o de católicos e o Brasil será um país majoritariamente protestante. A sociedade vai se transformando e nesse processo adotando características novas. Os governos anteriores podem ter dialogado com igrejas, principalmente com lideranças de igrejas. Mas eles, de forma geral, foram muitos céticos      em relação à religiosidade das igrejas.

O governo atual deu espaço a estas igrejas de uma maneira como outros governos não deram. Deu acesso, representação, inclusive no governo. Por outro lado, as igrejas são em geral, também organizações políticas (mesmo quando elas tentam não ser), visto que não é possível não ser “político” vivendo na sociedade; mesmo quando se escolhe a omissão, ela é uma postura política. Nesse sentido, as igrejas históricas e pentecostais, como ramos principais, têm interesses e visões políticas em relação a como o mundo deve se comportar, quais são os valores que devem ser promovidos ou combatidos etc. E de modo mais ou menos claro, usam esta sua influência para defender esses interesses políticos. Até este ponto não existe um problema, ou seja, é a mesma coisa que fazem outras organizações ou lobby de empresas, estão “dentro das regras”. A questão é quando estas igrejas se tornam uma espécie de plataforma para o enriquecimento que vai para além da proposta de uma “igreja”, e estas acabam se beneficiando dessa presença dentro do Estado.

Esse é o tema mais delicado, o quanto dentro dessa relação entre igreja e Estado      não fica claro, isto é, quando o benefício ou envolvimento acontece apenas por uma inspiração ideológica ou quando ela defende o trânsito de vantagens e negocia para beneficiar “aquela” igreja, para perdoar dívidas “daquela” igreja, para oferecer canais de televisão e rádio, por causa da influência do político dentro do espírito do “toma-lá, dá-cá”. Isso é estranho o quanto os cristãos, em certo sentido, silenciam estes problemas e ajudam a sociedade, que já tem dificuldades de entender qual a distinção do evangélico “bom” do “ruim”, a aumentar esse conflito. Isso porque ninguém se posiciona “levantando a mão” dizendo: “eu vejo um problema nisso”, “isso que estão fazendo é errado”.

As igrejas, por motivos diversos, evitam criticar outros evangélicos. Por exemplo, por entender que o pastor está acima do julgamento das pessoas, se ele está lá é porque “Deus quis”, o problema é entre ele e Deus, por isso não vou me “meter”. Há também o entendimento de que essas igrejas, mesmo que problemáticas, fazem como que um tipo de “primeira coleta” das pessoas, e depois ela entra dentro do universo cristão, acaba se deslocando para outras igrejas menos problemáticas.

Nesse sentido, o cristão tem parte da responsabilidade pelo fato de a sociedade desqualificar de forma generalizada os cristãos. Em vez disso os cristãos podem ajudar a sociedade a ver que os evangélicos não são todos iguais. O problema não é a religião ou o cristianismo, mas a postura de pastores e organização.