Os jovens sem religião no Brasil são uma expressão de nossa modernidade religiosa. Esse fenômeno aponta para uma transformação religioso.
Sem Religião
Ao falarmos em espiritualidade sem religião, não pretendemos defender alguma atitude de crítica ou de recusa do legado das instituições ou das tradições religiosas constituídas.
Diferente do que se especula popularmente, pessoas sem religião não são, necessariamente, ateias.
Nestes tempos sombrios e de incertezas, tenho ouvido e lido sobre o papel da religião para nos ajudar a encontrar respostas, tanto teóricas quanto práticas, para as nossas inúmeras questões.
Sigmund Freud (juntamente com Karl Marx e Friedrich Nietzsche) aparece, no livro O Conflito das Interpretações, de Paul Ricoeur, como um dos mestres da suspeita.
Para tratar deste tema, que durante séculos esteve debaixo da tutela da igreja cristã, no que diz respeito…
Fui criado, como a maioria das/os brasileiras/os, no seio de uma família com fortes raízes católicas. Minha educação foi atravessada pelos princípios cristãos, mesmo que já um pouco abalados pelo tempo.
O surgimento dos sem-religião não se dá fora do conjunto complexo da trama social e religiosa do nosso tempo. Pelo contrário, é um dos produtos resultantes de uma série de transformações no cenário atual à que se designa pelo conceito de modernidade religiosa.
Somos frutos da morte de Deus anunciada como uma das bases fundamentais para compreender a contemporaneidade. Essa máxima teve e, ainda tem, impacto significativo sobre o nossa leitura de mundo, nossa forma de agir e, por fim, nossa forma de crer.
Afirmar-me sem religião é um desafio porque socialmente o termo atrai consigo uma imagem tão distante de minha identidade.