O mundo de hoje exige reflexão, análise crítica, mas também exige ação e nenhum profissional pode ficar de braços cruzados, por trás de uma imparcialidade científica, se eximir de uma ação efetiva sem proselitismo
No dia 26 de agosto de 2020, fez 10 anos do falecimento do filósofo e teólogo catalão Raimon Panikkar (1918-2020). O autor costumava utilizar uma metáfora da gota e do oceano para falar da morte e do nosso desenvolvimento espiritual.
Esta tarefa tem um certo grau de dificuldade ao meu ver, pois não sinto que haja realmente 10 livros fundamentais para o DIR de forma generalizada, mas, sim, aqueles que foram e tem sido fundamentais para a minha pesquisa sobre o DIR.
De uma certa forma, o tão esperado “novo normal” trouxe de volta as antigas disputas políticas quanto à liberdade religiosa e à imparcialidade do estado laico francês.
Nestes tempos sombrios e de incertezas, tenho ouvido e lido sobre o papel da religião para nos ajudar a encontrar respostas, tanto teóricas quanto práticas, para as nossas inúmeras questões.
Não pretendia escrever sobre o Coronavírus, mas a realidade me obriga a fazê-lo. Hoje, exatamente agora, dia 17 de março, ao meio-dia, enquanto escrevo, estamos entrando em confinamento total aqui na França.
Por se tratar de minha primeira coluna por aqui, me vejo no direito e na obrigação de me apresentar e estabelecer o meu “lugar de fala”, como bem recomenda a filósofa Djamila Ribeiro.