Ao falar da diversidade religiosa, aqui instalada, não podemos deixar de pensar como se formou o universo religioso e cultural brasileiro, cujo passado colonizatório foi marcado por violência e desigualdades ainda não reconhecidas e, portanto, não superadas.
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Nesse contexto, nos últimos anos vem se organizando e ganhando força uma série de movimentos que denunciam esse sequestro da identidade cristã e apresentam outras narrativas sobre os cristianismos, desde dentro dos cristianismos.
A organização deste processo religioso está intimamente relacionada aos sujeitos e ao espaço cultural, por exemplo, para os orientais, já que não existe propriamente religião, pois esta é vida, vivência.
Em síntese, a categoria é um adjetivo potente para comunicar o fato de que vivemos em um mundo de muitos mundos, ou, numa metáfora de raiz etimológica ecumênica, numa “casa de muitas casas”.
Diferente do que se especula popularmente, pessoas sem religião não são, necessariamente, ateias.
O fenômeno da múltipla pertença religiosa não é algo novo na história da humanidade, mas…
A situação de pluralidade provoca debates e confrontos inter-religiosos, buscas de orações e engajamentos comuns, que acabam despertando místicas transreligiosas.
A nossa pressuposição nesta breve análise sobre diversidade religiosa é que no Brasil, apesar de a maioria da população se autodeclarar cristã, há a presença de um número grande de religiões e de expressões de espiritualidades, muito maior do que imaginamos.
Defender a laicidade não é, portanto, colocar a religião em perigo. Esse pensamento, apesar de recorrente, diz respeito a uma noção popular de entender como religião apenas o que diz respeito ao cristianismo. Nesse sentido, discurso religioso e sujeito religioso seria o mesmo que discurso cristão e sujeito cristão.
Há influência religiosa e das igrejas na obstrução de Direitos. Todas essas exortações morais, atreladas às restritivas e inferiorizantes concepções, e às ações discriminatórias e violentas, servem ainda como entraves para a obstrução de Direitos Civis da população LGBTQIA+.