Embora o desejo de criar uma cortina de fumaça sobre as estruturas e os eventos de violência tenha se tornado cada vez mais usual, fica difícil negar a realidade a ponto de escamotear os efeitos mais densos e perversos de violência que contornam os nossos processos representativos de mundo.
Religião
O Programa Diálogos Impertinentes (Tv PUC-SP) entrevistou dois importantes educadores brasileiros: Rubem Alves, psicanalista, escritor, teólogo, ex-pastor presbiteriano, e; Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor, (à época) senador da república.
Existem poucas abordagens sobre a Jurema Sagrada fora do Nordeste, especialmente na Academia.
Flósculo, palavra que do latim significa “pequena flor”, sugere uma relação com a flor da Jurema (mimosa hostilis), árvore comum do sertão nordestino que dá nome a religião e nela consiste toda sua cosmovisão.
O perverso é aquele que empreende terror e destruição. Os elementos que este personagem usa para subjugar podem estar à mostra, ou não.
A Jurema Sagrada é uma prática espiritual largamente difundida na zona da mata da Paraíba e Pernambuco, mas que tem em Alhandra (PB) uma referência fundamental.
Um espaço construído a partir de investimentos simbólicos e materiais que tem como principal função mediar o contato entre o mundo dos homens e o mundo místico no qual vivem os mestres, mestras, reis, encantados, caboclos, pretos-velhos e outros espíritos desencarnados.
E assim, se dá o desfecho do ponto cantado que firma a presença de uma das Mestras mais lembradas e referenciadas nas casas e rodas de Jurema de Pernambuco e Brasil a fora.
De repente, baixa Malunguinho, autoridade máxima da Jurema Sagrada. Chamado de Reis, no plural mesmo, rompe não só com a singularidade, mas com as fronteiras das atribuições específicas ao ser símbolo coletivo e concomitante, também, de trunqueiro, caboclo e mestre.
A jurema sagrada é remanescente da tradição religiosa dos indígenas que habitavam o litoral dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e o Sertão de Pernambuco.