Nesse contexto, nos últimos anos vem se organizando e ganhando força uma série de movimentos que denunciam esse sequestro da identidade cristã e apresentam outras narrativas sobre os cristianismos, desde dentro dos cristianismos.
Cristianismo
O que está em jogo é a própria primazia papal. Para Francisco, a missa pré-conciliar é um símbolo não apenas da rejeição à autoridade do Vaticano II, mas também dos papas que a sancionaram, como João XXIII, que convocou o Concílio, e Paulo VI, que reinou durante suas três sessões finais.
O descanso é um conceito-chave para minha proposta de uma epistemologia queer. E, já que é para desmandar o quarto mandamento, o sábado também pode ser um conceito-chave para uma epistemologia queer!
Hoje, os papas da era moderna são unânimes ao reconhecerem que as Olimpíadas são, na verdade, veículo de paz e de fraternidade, e torcem para que a chama dos jogos nunca mais seja apagada.
Hoje celebramos a diversidade sexual e de gênero no contexto do mês do orgulho LGBTQIA+. O primeiro motivo para celebrar essa diversidade e afirmar esse orgulho é justamente a sua negação.
“Dezmandar” o terceiro mandamento é visitar a feira da fruição sem roupa de baixo.
É uma contradição escandalosa: Igrejas cristãs que deveriam ser sacramentos de humanização amorosa legitimam discriminações e violências. Se querem mesmo ser instrumentos de amor e unidade da família humana, as Igrejas têm obrigação de reconhecer, respeitar e valorizar a identidade sexual e a orientação de gênero de todas as pessoas.
Os conflitos vivenciados pelos LGBTQIA+ cristãs e cristãos apontam para os reflexos da teologia hegemônica construída ao longo dos séculos, no esforço de convencer os sujeitos dissidentes da “divergência” entre fé cristã e homossexualidade.
O problema reside, portanto, no que é considerado pela religião- o que não necessariamente é prescrito por Jesus e/ou pelo seu legado- como pecado, que leva a uma luta incessante por uma “libertação” e “purificação” que oprimem, em alguns casos, existências, como as LGBTIA+.