A dor tem urgência
PLANO DE AULA
JUSTIFICATIVA
Assistir, ler, ouvir notícias sobre a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros, Intersexos, Queer, Assexuais e tantas outras alternativas, (LGBTIQA+), leva-nos a perceber que, na medida em que esse grupo conquista direitos, a violência aumenta. Todos os dias ouve-se falar que um gay, uma lésbica ou pessoa trans, sofre violência seja física ou verbal. Estima-se, que a cada 3 minutos, uma pessoa LGBTQIA+ é agredida no país. Por que isso acontece? Como a sociedade recebe e entende essas notícias? A proposta a seguir vem ao encontro da necessidade de se discutir essa aversão que leva, no limite, à morte, seja por assassinato ou suicídio. É dever da sociedade como um todo falar sobre a homotransfobia, pois ela atinge a todas e todos nós.
OBJETIVO
- Entender que as situações fomentadas pela aversão às minorias de pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneras, Intersexos, Queer, Assexuais e tantas outras alternativas, (LGBTIQA+) leva à desumanização dessas pessoas e, ainda, atinge diretamente outras que não fazem parte dessa minoria.
- Compreender que os Direitos e Deveres de uma pessoa são os mesmos, independentemente de pertencer, ou não, à essa minoria.
- Perceber situações homotransfóbicas em seu cotidiano.
METODOLOGIA
Ler e debater, em grupos pequenos, as notícias recebidas. Após debate, levar para toda classe suas conclusões.
Dentre outras questões que surgirem, os grupos devem permear as discussões a partir das seguintes indagações: por que isso acontece? E como você (estudante) entende essas notícias?
- Amigo de Clarice Falcão sobre homofobia e agressões em UBER: “apontou arma”
- Homem é suspeito de tentar estuprar filha lésbica para fazê-la “virar mulher”
g1.globo.com/to/tocantins/noticia
- Casal denuncia panfleto homofóbico e sabotagem em futura residência
paranaportal.uol.com.br/cidades
- Jovem é vítima de homofobia em Praia Grande: “vai apanhar igual homem”
A partir destas notícias, procure dialogar e refletir à luz do pensamento de Hannah Arendt e, como encerramento, cada estudante produzirá um texto com suas próprias conclusões sobre a violência homotransfóbica que vivemos atualmente no Brasil.
- Hannah Arendt | A Banalidade do Mal (e a Profundidade do Bem)
Referências
ARENDT, Hannah. Eichmman em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: Aula inaugural no Collège de France. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
Professora aposentada de História da rede pública estadual do Paraná. Estudiosa das questões LGBTIQA+ há 15 anos. Coordenadora da Associação Mães Pela Diversidade no PR, coordenadora do grupo nacional de Mães de Pessoas Trans.