O livro escancara a hipocrisia das instituições religiosas que dizem acolher as pessoas LGBTQIA+ mas não se furtam de emitir documentos oficiais dizendo que acolhem o pecador(sic) mas repudiam o pecado (sic).
À querida Romi, Olá Romi, estivemos poucas vezes juntos, mas, talvez, nunca tenha me sentido…
Estamos vivendo um acontecimento histórico único para nossa geração. Com todo o avanço das ciências da natureza (biologia, medicina, física, engenharia), um vírus nos faz ficar reclusos para não nos infectar com um inimigo invisível que, se pouco mortal, bastante incômodo.
Nos artigos da presente edição, a Revista Senso quer recolher os vestígios que as religiões deixam em nossas culturas e que nos ensinam a lidar com o limite dos limites, a morte.
Antes de iniciar propriamente o texto, gostaria de demarcar o lugar desde onde escrevo, como teólogo cristão, de formação católica, comprometido com as lutas dos povos afro-ameríndios. Esta demarcação é muito importante na contemporaneidade, sobretudo para situar o ponto desde onde vemos o mundo, para se evitar eventuais enganos.
Que as musas, os encantados, os espíritos da floresta e dos ancestrais auxiliem a compreensão do problema posto.
O intuito deste artigo, como a tentativa de ser algum ensaio, não é tanto tratar do Belo como um atributo do ser, como aprendi na velha Metafísica nas aulas do saudoso professor Luiz Gonzaga Tomasi.
Vivemos em um tempo de secularização bastante forte em âmbito mundial, apesar de no Brasil vermos que bancadas religiosas no parlamento querem impor suas pautas como leis para todo o Estado, leis essas que, não poucas vezes, são negações dos Direitos Humanos.
A declaração universal dos Direitos Humanos foi uma grande conquista da humanidade após a barbárie das duas grandes guerras do século XX.