Eu dedico esse texto a todas as pessoas LGBTQIAP+, mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e demais sujeitos lidos como dissidentes, presentes em todos os programas de Ciências da Religião do Brasil.
Entendemos que as tentativas de ridicularizar os esforços de sujeitos negros e LGBTQIAP+ por serem reconhecidos, numa realidade política que asfixia a sua presença, revelam o quanto sujeitos que se beneficiam desse jogo de aniquilação, na verdade, se escondem atrás de projetos de poder altamente genocidas.
As violências se manifestam como recursos políticos que administram os espaços epistêmicos, culturais, religiosos, culturais e sociais, amplificando as distâncias entre os sujeitos.
Tratamos, assim, de uma fabricação contínua da norma que, a partir de múltiplos braços destrutivos — heteronormatividade, cisgeneridade, moral religiosa e restritiva, brancura e demais sistemas de clivagens entre nós versus os outros.
Neste artigo, eu dialogo com o texto A falta do luto e a esperança: uma…
Apresentar qualquer reflexão sobre o amor, em tempos de ódio, é profundamente insurgente. Essas reflexões…
Queremos, nesse sentido, refletir sobre o impacto de desconsiderar o humor, bem como as outras construções estéticas como discurso e, por consequência, como lugar de reprodução de valores, normas, estigmas, precarização de identidades e de crenças.
A tentativa de silenciar os tambores e os seus ecos demonstra o quanto os sentidos negros devem ser, em nome desse desejo centralizador, interrompidos para que se garanta uma ordem genocida.
Nós assumimos a construção do que chamamos aqui de xirê literário. Nesse sentido, entramos num circuito de diálogo inter-religioso e trânsito dos saberes.
É possível dizer que as epistemologias afrocentradas se estruturam, entre outros fatores, na compreensão refinada sobre o contexto e, mais, na análise crítica e ativa que tenciona desmantelar as supostas cosmovisões hegemônicas.