Não é fácil escrever sobre a beleza, ainda mais em um periódico que trata de senso religioso.
Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém (Paulo Freire), nem a religião. Pode parecer estranho começar o editorial …
A presente edição, não só parte dessa premissa que sustenta nossa linha editorial como traz para o debate a relação, nem sempre pacífica, mas não necessariamente conflituosa, entre religião e Direitos Humanos.
Durante muito tempo, compreendeu-se as juventudes no singular, como se fossem uma, o que não representava essa diversidade, pois as juventudes são muitas.
É inegável a presença da religião em nossa sociedade. Nas ruas, nas casas, no parlamento, nos tribunais, na constituição, nos pescoços, no dinheiro, nas expressões idiomáticas, na canga que se usa nas praias, no cimo das portas dos fornos na roça.
Em um país majoritariamente cristão e esse cristianismo sendo de maioria católica, celebrar a Reforma não é algo tão tranquilo quanto parece.
Uma revista que se chama Senso e que trata de religião. Qual o propósito? Essa é a pergunta não somente do leitor, mas também dos colaboradores e dos editores desta revista, que nos perseguirá enquanto ela existir.