Em um país majoritariamente cristão e esse cristianismo sendo de maioria católica, celebrar a Reforma não é algo tão tranquilo quanto parece.
Reformar a Reforma? Agora são outros 500
Reformar a reforma (?) é a provocação de fundo dessa nova edição e que perpassa nossos artigos. Convidamos às leitoras e leitores que se aventurem a reformar, revolucionar perspectivas sem dar uma única palavra que seja final.
O monge agostiniano Martinho Lutero, além de seis filhos gerados com Catarina de Bora (ex-freira católica e sua esposa), deixou outros “herdeiros” por todo o mundo.
“Quando falamos em Justiça de Gênero, necessariamente devemos tocar nas espinhosas formas de poder que permeiam as relações entre as pessoas, homens e mulheres.”
Nossa tentação ao olharmos para as religiões é pensar que elas sempre foram uma grande uniformidade, de maneira a não haver em seu interior múltiplos movimentos e maneiras de ser.
Os sentimentos de inquietude e de insatisfação que estiveram no cerne do movimento de Reforma dos protestantes, também podem ser percebidos até os dias de hoje, nas religiões de matriz africana.
A espiritualidade é uma dimensão profunda do ser humano, um mistério a ser experienciado e desenvolvido ao longo da nossa jornada coletiva e individual, podendo ser rasa ou profunda, isso depende do nível de permissão e dedicação que cada pessoa faz.
Em um mundo dividido entre pecado e virtude, sacro e profano, clero e povo, na música esta divisão se dava em música de rua e música de igreja.
(Reformar a Reforma a partir do Pluralismo Cultural e Religioso) Celebramos os 500 anos da…
Nos dicionários da língua portuguesa, o verbete “sincretismo” significa, filosoficamente, um sistema que combina os princípios de diversos sistemas, ou um amálgama de concepções heterogêneas.
Era novembro de 2016 e recebi um convite para participar de um encontro de jovens que falavam e viviam (nem todos) o ecumenismo.
A começar pelo nome, a revista “Show da Fé” mostra a conversão de religiões em bens midiáticos. Não há economia dos discursos de subjetivação. Em letras garrafais, a manchete de capa, da edição 205, sentencia:
O movimento protestante nasceu no seio da Igreja Católica, mas logo se separou dela.
Perguntas e respostas para as crianças” tem pertinência e importância ímpar. Segundo o site, Portal Luteranos (IECLB, 2017), “pessoas cristãs de confissão luterana são evangélicas.
A reforma protestante ocorreu no século XVI e foi um movimento decorrente de uma grave crise espiritual que se abatia sobre a Igreja Católica naquele contexto. As pessoas, de forma geral, não encontravam realização e satisfação em sua prática religiosa.
No Brasil, existem duas igrejas luteranas principais: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), com 666.000 membros; e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), com 243.000 membros.
Pensar os 500 anos da Reforma significa, antes de tudo, rever a ideia de uma única Reforma e, quem sabe, rever o próprio conceito de Reforma como “instituição”.