O artigo analisa como o povo Puri, declarado extinto pelo Estado brasileiro, resiste e re-existe por meio da retomada da ancestralidade, das espiritualidades nativas e das vivências LGBTQIAP+. A partir de relatos pessoais e coletivos, destaca-se o nomadismo espiritual puri como força de resistência frente ao colonialismo, às imposições cristãs e às normas de gênero hegemônicas.
Kigéw Puri (André da Silva Muniz) Puri
É teóloga, mestra em Ciências Humanas e Sociais e doutoranda em Economia Política Mundial na UFABC. Indígena do povo Puri, seus interesses de pesquisa atuais são o pensamento indígena contemporâneo, epistemologias e metodologias indígenas e as diversidades de gênero e sexualidade entre povos indígenas.