A Jurema é ciência, assim dizem os mestres e praticantes dessa sabedoria popular. Contudo, não se trata de uma ciência como a produzida pela modernidade ocidental, que opera com a instituição de uma narrativa única e exclusivista sobre o mundo das coisas.
João Paulo de Lorena Silva
É natural de Vitória de Santo Antão, zona da mata pernambucana. Mestre em Educação (área de concentração: Currículo) pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social (PPGE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Licenciado em filosofia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino (2014). É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Currículos e Culturas (GECC), da Faculdade de Educação da UFMG. Tem experiência nas áreas de Filosofia e Educação em interface com as teorias curriculares pós-críticas, os estudos queer e as filosofias da diferença. Interessa-se, na pesquisa em currículo e ciências humanas, pelos seguintes temas: currículo e infâncias, currículo e diferença, currículo e gênero, currículo e fenômeno religioso, pensamento decolonial e práticas curriculares na educação básica. No que se refere à religião, é filho do catolicismo popular e iniciado no Candomblé de nação nagô, Ilê Axé Sòpònnòn (Belo Horizonte/MG), como dofono de Yemọja Ogunté.