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Em tempos de polarização uma revista que propõe diálogo

Em tempos de polarização uma revista que propõe diálogo

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Uma revista que se chama Senso e que trata de religião. Qual o propósito? Essa é a pergunta não somente do leitor, mas também dos colaboradores e dos editores desta revista, que nos perseguirá enquanto ela existir.

Vivemos em um tempo em que, os que viveram antes de nós, pensavam que a religião deixaria de existir. Não deixou. Está ainda presente em nossa sociedade, mas modificou-se muito. Enfraqueceu a influencia de suas verdades na vida das pessoas mas não deixou de influenciar, em alguma medida, as escolhas individuais, a economia, a política as sexualidades. A religião está aí a nos cercar. Resta dela, talvez um vestígio, um senso religioso que, em alguma medida nos orienta.

Olhar a vida a partir desse senso é o que quer esta revista, feita de muitas vozes para dialogar com tantas outras. Não é uma revista destinada a acadêmicos da religião, mas direcionada às pessoas que se interessam pelo assunto, com linguagem clara, objetiva, mas com certa parcialidade que todos carregamos ao fazer alguma obra. A Revista Senso quer ter olhares perspectivos sobre a religião a partir de distintas vozes que, no dia a dia, no desafio de existir se depara com o senso religioso. Por isso, essas vozes não são somente de especialistas no assunto, mas de interessados de diversas áreas do conhecimento, como direito, jornalismo, administração, artes, filosofia, teologia, engenharia, coaching, psicologia e, também ciências da Religião.

Com o intuito de tornar o conhecimento acessível a todas e todos,  a Revista Senso é construída colaborativamente pelos editores, autores, diagramadores e terá acesso livre a seus conteúdos, em uma tentativa de democratizar a informação.

Em tempos de polarização propor diálogos a partir de perspectivas diversas é altamente revolucionário. Em alguma medida, o preconceito saiu do armário e as posturas de diálogo e reconhecimento do outro são rechaçadas, ridicularizadas no debate. Aqui o diálogo questiona a sinceridade do tempo presente e se configura como re existência diante da intolerância.

Em nossa Edição 0, abordaremos as religiões de matriz africana, que é uma das vítimas históricas das intolerâncias religiosa, cultural, étnica e de classe no Brasil. Negras e negros escravizados foram e continuam sendo colocados à margem de nossa sociedade, suas tradições religiosas compreendidas como folclore, seus terreiros sendo vilipendiados.

Esta Edição 0 da Revista Senso, ao trazer para o centro de nossas atenções as religiões de matriz Africana quer propor que é preciso #ConhecerParaRespeitar o Axé.

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Convidamos as leitoras e leitores a compartilharem conosco essas impressões para desaprendermos a odiar o que não conhecemos e respeitar a consciência religiosa do outro que habita conosco.

O desafio de rever caminhos está lançado.

A todas e todos, muito Axé!